segunda-feira, 9 de junho de 2014

Eu tive um déjà vu

E pouco tempo depois, um déjà vi
Uns vão dizer que eu previ o futuro
Não sei?! Pode até ser
As cenas não foram belas
Eu gritava "por viver"
O eco das minhas palavras atropeladas
Me fizeram chorar
Sozinha onde eu sempre fico
Estava eu em prantos
Mãos na cabeça, e ela apoiada nos joelhos
Eu soluçava e gemia
Meus medos e tempestades
Me falaram que eu agi na ignorância
Talvez?! No meu ponto de vista não!
Eu naquele súbito instante, não sabia quem era
Era Ana? Era Paula? Quem eu era?
Ao findar o choro, fui tomar banho
Eu nem senti o lavar das águas
Comi sucrilos, com gosto de lágrimas
Voltei para o meu quarto, ditar essas palavras
A fim de aliviar a pressão, em que meu peito batia
Pois eu queria fugir de tudo e todos
Fechei meus olhos, e eu ainda estava lá
Totalmente perdida e fora do lugar
Sentindo meu coração tremer e meu corpo doer
Minhas veias e sangue, queimavam como brasa
Uns vão dizer que eu tive raiva
Mais não foi raiva, nem ódio
Eu tive fome de vida, fome de sair um pouco
Do meu trágico mundo, solitário e sem graça
Fome de respirar um outro ar, fome de sorrisos
Fome de abraços, fome de um tempo livre
Fome de mim mesma, fome para ser
Ninguém me entende, mais do que eu
Ninguém sabe o quão eu já sofri
E ainda sofro, o quanto de mim eu doou
As vezes eu largo o meu mundo, para segurar o dos outros
E ainda tenho que escutar, que tudo que eu fiz
Para eu poder ser um pouco mais feliz
Não passou de uma palhaçada!


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