Quero...

Me apegar as lembranças
E não as coisas e objetos
Quero tardes mais longas
E tristezas mais curtas
Quero rir de um problema
E chorar de tanta alegria
Quero essências
E não frascos
A vida não tem rótulos
Marcas ou etiquetas
Ela é simples, como deve ser
Pra que se apegar a tanta besteira
Se apegue a sentimentos e pessoas verdadeiras

Respiro fundo

Em alguns instantes, perco o meu mundo
Me vejo ao chão, sangrando dores e medos
O tempo vai, e com ele segue junto minha paz
Confesso que estou cansada, de cavalgar por mesmas estradas
De olhar as mesmas paisagens, tem horas que não me sinto viva
Respiro fundo, engulo lágrimas e gritos
O que acontece comigo? O que acontece com você vida?!
Melodias rodopiam a minha volta, queria poder dançar
Bailar sobre tantos conflitos, rugir para o agora
Embora, isso aconteça somente na minha cabeça
Tem horas que me alivia, que me sustenta
Fecho os olhos, e vejo o meu eu escuro
Tenho mãos de moça, porém me tornei mãe
Acorda noite, dorme dia, nada parece ter sentido
Onde estou? Para onde vou? Quem sou?
Sorrisos na tv, piadas ao além
Eu, respiro, sinto um enorme vazio...

No peito, bate a dor

Na garganta, entrelaça o nó
Na face cansada, salpicam lágrimas
Ana, sacrifício pela família
É a maior prova de amor
Vista aos olhos de Deus!

Quem acompanha o blog

Deve ter percebido, que eu estou em uma maré de sentimentos alta. Oscilo entre bom e ruim, pois meus dias não tem sido fáceis.

Em busca da clareza e da resolução para tanta reviravolta, o que alivia a minha dor é a inspiração. A escrita se tornou um remédio para mim, pois me encontro presa ao meu mundo, cuidando da minha família.

Muitas vezes, eu perco o chão, a força e a alegria. Nessas horas tortuosas tento me controlar ao máximo, digo a mim mesma: - Calma Ana, conta até dez e tudo vai passar!

E mesmo que demore, sei lá, dias, meses e anos, alguma hora tudo muda. E essas curvas as quais estou a passar me levaram ao caminho certo.

E quando esse dia chegar, vou reler todos os meus textos e contemplarei o gozo de estar aonde eu sempre quis estar. Valorizarei cada gota de suor e lágrima que derramei, pois vou estar bem.

Li, num livro

Que somos parte de um todo
Criações de Deus
Porém vivemos separados
E, é por isso que tudo se encontra bagunçado.

Na rua

Um singelo blecaute
Entre a esquina uma morte
Dor natural
Que misturada a clareza
E a evolução
Virou lição de vida para mim
Não havia na casa desespero
Somente paz e serenidade
Por parte de quem se via
Perdendo um ente querido

Quero

Um dia inteiro só para mim
Pode até parecer egoísmo da minha parte
Mas ultimamente eu só tenho vivido para os outros
Nos últimos tempos, eu não sei o que é ter sossego
Paz e descanso! Passo o dia todo correndo de lá para cá
Que Deus me perdoe, e as pessoas também
Meu eu está cansado, um pouco esgotado
Eu não sei mais o que é assistir a uma tv
Ou escutar de boa o rádio
Pouco ando compondo ou escrevendo
Dou alguns pitacos aqui no blog e na fanpage
Tudo sempre rápido e ligeiro
E para ajudar, esse ano parece três em um
Tudo de bom e ruim aconteceu
Ao meus vinte e dois anos
Pareço que tenho cinquenta
A cabeça vive cheia de problemas
Eu caio na cama e logo apago
Na esperança de repor as forças
Essas que por causa da minha fé não vão embora
As pessoas a minha volta choram, gritam e até se lamentam
Eu sigo como rocha firme por fora, e mole por dentro
Sou um rubi, não lapidado
Ainda bem que o sol voltou a brilhar
E a lua se faz cheia novamente
Encanto o meu desencanto, admirando a natureza
Buscando leveza e bem estar
Para não desanimar nem fraquejar!

Não sei

Se faço planos
Se deixo as águas rolarem
Não sei, eu não sei

Deus

Te faço um apelo
Olha para essa humanidade
Que está tão violenta
Derrama sobre todos
A sua paz e o seu amor

O dia dela

Tinha tudo
Para dar certo
Só que não foi
Pois não era
Chegada a hora
Das coisas acontecerem

Senhor

Que eu seja igual ao sabiá
Que canta e celebra a vida
Mesmo estando o dia nublado
Que eu seja igual ao sol
Que mesmo estando encoberto
Por muitas nuvens
Brilha sem cessar
Que eu seja igual ao bálsamo
Que mesmo estando seco
Sacia as dores do corpo
Que eu, seja eu
Mesmo que tudo
A minha volta
Esteja em total desordem
E dessintonizado

Amém!